quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O superior interesse da criança e o ainda mais superior interesse do casal de pessoas do mesmo sexo

Acho inacreditável, vergonhoso, horroroso, arrepiante e insuportável que seja vedado aos casais do mesmo sexo poderem beneficiar da co-adopção e mesmo até da adopção de crianças.

Estudos imparciais revelam que é indiferente para uma criança ser educada por pessoas de sexo diferente ou pessoas do mesmo sexo. Não deixa, no entanto, de causar estranheza por que é desde o começo da humanidade que as pessoas nascem da união entre homem e mulher (infelizmente, para desgosto de muitos e muitas, ainda não se descobriu como é que um homem pode engravidar doutro homem, ou uma mulher engravidar doutra mulher), e o enquadramento natural da educação das pessoas fosse (e continue a ser na larga maioria dos casos) a educação por homem e mulher…

Estudos reputados demonstram que  uma criança pode ser melhor tratada por casais do mesmo sexo do que por casais de sexo diferente. Não deixa, no entanto, de ser curioso que sempre que fazem essa comparação o enfoque seja entre casal do mesmo sexo bem comportado vs casal heterossexual com comportamentos delinquentes…

O enquadramento que devemos dar às nossas crianças não tem de ser, forçosamente, nos dias de hoje, aquele com que a humanidade se aguentou durante 2000 anos!!! Os tempos avançam e as modas mudam!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Co adopção – o medo de deixar os outros fazer as suas escolhas

Fomos todos surpreendidos na semana passada pela decisão da AR de aprovar um referendo sobre a co adopção. Fui um dia triste para quem se preocupa com minorias, e mesmo quem não se preocupa deveria sentir-se triste em vez de indiferente, pois estamos apenas a discutir a hipótese de uma criança criada por um casal do mesmo sexo ter a possibilidade de poder continuar a ser criada pela sua família, em vez de ter que abdicar disso porque a lei obriga.

Vivemos numa sociedade demasiado intolerante, que não se adapta à nova realidade, nem quer saber da felicidade de uma criança. A própria forma como a proposta de referendo foi enviada para análise pelo PR parece querer aproveitar a maior polémica associada aos casais do mesmo sexo que é a adopção, com a incluão da segunda pergunta sobre se se concorda com a adopção por casais do mesmo sexo. Para não falar na teoria mais assustadora, ou seja, de que o referendo foi feito para por as pessoas a discutir co-adopção e adopção por casais do mesmo sexo enquanto o estado do país segue o rumo que conhecemos. Por último temos a questão da não liberade de voto de cada deputado, mas este ponto já foi bem analisado pelo artigo de Rui Tavares no público de 20 de Janeiro de 2014.

Na minha opinião qualquer defensor da impossibilidade da co-adopção e adopção por casais do mesmo sexo está agarrado ao passado e esquece que o mais importante é as crianças encontrarem um lar onde sejam amados e felizes, independentemente de serem adoptados por casais do mesmo sexo ou não. Mas parece-me que a sociedade portuguesa ainda não tem maturidade suficiente para deixar as pessoas decidirem a sua vida ou com quem querem viver sem pensar em estereótipos nem que estamos a falar de minorias. Na situação actual do país, será que não é preferivél deixar estas pessoas serem felizes? E as pessoas não deviam sentir-se felizes sabendo que as minorias são aceites na nossa sociedade? Porque a lei do mais forte? Porque não aceitar a diferença?