Pedro Passos Coelho volta a fazer
apelos de união e empenho dos órgãos de soberania para que seja concluído o
programa de assistência financeira. Colocando novamente pressão sobre o TC de
modo a que este promulgue legislação fundamental para o cumprimento do
memorando.
Parece-me que o Governo ainda não
percebeu o essencial. Começar pelo fim, não é, na maioria das vezes, a melhor e
mais fácil maneira de resolver os problemas. A Constituição não está adaptada à
nova realidade social e económica, deve e tem de ser alterada. Para o fazer, só
um caminho é possível. Chegar a um consenso com o PS, mesmo que nesta altura do
campeonato isso seja algo que se avizinha de muito difícil.
Culpar o TC por falhar as metas é
mais um tiro na canela, o pé já não existe depois de todos os buracos que já
levou. Passos sabia as regras do jogo quando se propôs a ser PM e a assinar o
memorando. E confiar com a benevolência do TC propondo legislação que sobrevoa
a fronteira da constitucionalidade vale tanto como confiar na benevolência da
Troika no aligeirar da austeridade.
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