Actualmente a
palavra já não parece ter o poder de outros tempos. Acredito que em tempos a
palavra foi importante para cada individuo, ajudando a definir a
imagem de cada pessoa perante quem o rodeia, sendo ponderada antes de
proferida. Mas ultimamente questiono seriamente este principio, especialmente
se se tratar de pessoas com destaque mediático.
Vejam-se os
exemplos recentes, do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, que
apresentou uma carta de despedida utilizando o termo “irregovável”
relativamente à sua decisão e passados uns dias aceitava voltar ao governo como
Vice Primeiro Ministo. Outro caso foi o do actual ministro dos Negócios, Rui
Machete que recentemente admitiu ter cometido uma “incorrecção factual” quando
em 2008 transmitiu ao Parlamento não deter quaisquer acções da SLN, quando tal
não era verdade, desvalorizando a questão.
A verdade é que ambos os casos mostram que a informação que é tornada pública está longe de ser devidamente ponderada antes de proferida, descredibilizando quem a profere e a própria classe a que está associada, mas não vindo daí quaisquer consequências. Pelo menos neste dois exemplos, trata-se de casos explorados pelos órgãos sociais, questionando-se se estes factos não deveriam ter outras consequências, pois a partir do momento em que Paulo Portas disse que a sua decisão era “irrevogável” e a mesma deixou de o ser apenas nos revelou que nunca toma decisões irrevogáveis, tudo pode mudar de um momento para o outro. Já Rui Machete mostrou que mentir ao Parlamento foi uma mera “incorrecção factual” devendo levar-nos a questionar, será que se o fez uma vez, não o poderá fazer novamente? Este tipo de atitudes claramente não nos ajudam a ter uma boa imagem dos políticos, pelo contrário, mas como disse o peso da palavra nestes exemplos parece ser completamente desvalorizado.
A verdade é que ambos os casos mostram que a informação que é tornada pública está longe de ser devidamente ponderada antes de proferida, descredibilizando quem a profere e a própria classe a que está associada, mas não vindo daí quaisquer consequências. Pelo menos neste dois exemplos, trata-se de casos explorados pelos órgãos sociais, questionando-se se estes factos não deveriam ter outras consequências, pois a partir do momento em que Paulo Portas disse que a sua decisão era “irrevogável” e a mesma deixou de o ser apenas nos revelou que nunca toma decisões irrevogáveis, tudo pode mudar de um momento para o outro. Já Rui Machete mostrou que mentir ao Parlamento foi uma mera “incorrecção factual” devendo levar-nos a questionar, será que se o fez uma vez, não o poderá fazer novamente? Este tipo de atitudes claramente não nos ajudam a ter uma boa imagem dos políticos, pelo contrário, mas como disse o peso da palavra nestes exemplos parece ser completamente desvalorizado.
Outro exemplo
mediático, apesar de num universo diferente aconteceu numa recente entrevista
de Luís Filipe Vieira à Correio da Manhã TV, em que este disse “Jorge Jesus não
sabia que eram polícias que estavam em campo”, relativamente aos eventos após o
recente Guimarães – Benfica. Mais uma vez estamos perante palavras proferidas
sem terem sido devidamente ponderadas, pois se analisarmos profundamente esta
afirmação a sensação que fica é que se fossem polícias jamais Jorge Jesus tinha
agido como agiu, mas se não fossem aí tudo mudava e ter agido como agiu seria
aceitável. Neste caso o mais estranho é as palavras em si não terem sido
devidamente analisadas, talvez por ser uma área diferente e o jornalismo
desportivo não ter em Portugal o mesmo espírito crítico aplicado à análise
política.
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