sábado, 12 de outubro de 2013

A única pergunta que ninguém quer responder...

Podemos discutir as políticas do Governo, podemos debater as ideologias por detrás das medidas de austeridade, podemos condenar os governos anteriores, podemos comentar a esquerda e a direita, podemos comentar onde se vai cortar, porque não aqui, porque não além, podemos falar sobre o Tribunal Constitucional, sobre o caminho para o crescimento, podemos andar anos a falar sobre o mesmo e é o que temos feito...

... mas existe uma verdadeira questão que ninguém quer responder mas todos sabem a resposta.

Alguém honestamente intelectual, dotado com a mínima capacidade de somar e subtrair é capaz de responder à pergunta que se segue.

Nos moldes actuais, consegue Portugal pagar a dívida que tem?

Pelos dados oficiais que temos relativamente ao total da dívida contraída, prazos de pagamento, juros da dívida e as obrigações que o estado tem com os cidadãos portugueses... é um facto que Portugal não consegue fazer face a estas despesas, isto é um facto que ninguém quer falar, anda tudo a assobiar para o lado em vez de pegarem na raiz do problema.

Mesmo com a austeridade levada ao limite, mesmo tomando medidas ainda mais gravosas, mesmo cortando todos os subsídios e serviços sociais... a dívida é neste momento impagável e quem disser o contrário não está a ser sério, pode dizer que é estratégia para depois renegociar, mas não está a ser intelectualmente honesto.

O último dado oficial que saiu sobre a dívida portuguesa, sugeria que Portugal conseguiria honrar todos os seus compromissos e pagar a sua dívida nos moldes actuais se crescesse entre 6% a 8% ao ano, durante pelo menos uma década. 

Só a partir da resposta a esta pergunta podemos começar a debater seja o que for e iniciar o caminho para o crescimento do nosso país.

Podemos mesmo afirmar que tudo o resto é demagogia e puro ilusionismo e fé, muita fé.

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